sábado, 29 de novembro de 2008

Desespero


Posso fechar-me em segredo,não é por medo, é amor.

Não me roubem mais palavras,mesmo as achatadas na garganta

são silenciadas em teu louvor.

Posso nada te dizer,

um olhar não vale tanto?

Que me deixes só sofrer e escrever,

refugiada neste triste manto.

Lágrimas que caem no teu peito ecoam,

sentes os vendaváis?

Ouves os meus ais?

Os sentimentos estão na proa.

Sinto-me curvada pela cruz pesada,

sinto-me alma penada, sem entendimento.

Escuta. Dói mas passa.

O que não nos mata torna-nos mais fortes,

se morrer é porque sou fraca.

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