sábado, 29 de novembro de 2008

Um dia


Um dia Acordas e já não me encontras e o que me dói mais é saber que nesse dia irás chorar o abandono eterno dos corpos e o mais melindroso abandono eterno das almas.

Um dia...

parece não estar muito longe ou eu não estaria para aqui com estes textos lamechas a servirem-me de pano de fundo onde enceno a minha última tentativa de vida.

Um dia...

um dia acordas e não me encontras, vais balançar a ausência nos teus braços como se eu fosse uma pluma levada pelo vento, vais sacudir as lembranças, agitá-las até não mais te sobrar nenhuma.

Vais morrer aos poucos com a falta que te farei.

Isso importa?

A mim importa-me muito e é por isso que faço de conta que continuo a dormir quanto tu acordas...

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