Já não tenho medo de ti, medo… O tempo dos devaneios desgovernados ficaram para trás, bem lá para trás. Sempre gostaste de meter medo a quem diz ter medo do medo, mas para mim, medo, não passas de um enferme e desonesto desordeiro da realidade.
Aquele tempo em que sentia o teu atroz e gélido odor a infiltrar-se insistentemente nos meus pensamentos, já não passam de complexos enigmas que o tempo ajudou a mistificá-los.
Ficaste retido no teu próprio receio… E agora, medo, como vais sair da teia? Estás fechado a sete chaves num cofre enterrado nas profundezas da amargura. Está tudo codificado, medo, nunca mais sairás daí! Quiseste enfrentar-me, dar-te a conhecer, dar medo a quem não sabia o que isso era. Fizeste sombra nos dias em que a luz iluminava o meu sorriso e acordaste os meus sonhos azuis.
Traíste a minha alegria, medo.
Nunca te vou perdoar !
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